08/09/2015

A ESTRELA QUE ACOMPANHOU OS REIS MAGOS. MISTÉRIOS



Livro leve

Aqueles que me acompanham neste blog sabem dos livros que tenho lido e opinado, a maioria com temas densos – e bom que se diga, nem sempre acrescentando muito coisa no espectro cultural.

Não se negue em tantos deles, revela-se um relato original, uma história bem contada mas que se perde na memória.

Por isso, para uma pausa, procurei na estante ao meu lado, alguma obra perdida por aqui que tivesse algum interessante, fora daquela densidade que tenho revelado em minhas crônicas.

A Estrela de Belém

O livro que resolvi ler e de Malba Tahan, escrito em 1964, “A Estrela dos Reis Magos”, a Estrela de Belém.

[Livrinho bom]

O Autor tenta explicar, tendo como ponto de partida a opinião de estudiosos, teólogos e cientistas a “Estrela de Belém”, aquela que conduziu os três Reis Magos ao estábulo (presépio) onde nascera Jesus.

Esse fenômeno é explanado apenas no Evangelho de Mateus.

Em lá chegando, no berço do Menino, conduzidos pela estrela brilhante, ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra (resina perfumada).

[A tradição de dar presentes no Natal, começou com essas oferendas dos Reis Magos].

Discorre o Autor, antes de discutir propriamente o fenômeno da estrela, a imprecisão da data do próprio nascimento que teria se dado cerca de 5 anos antes da data proclamada oficialmente pelo que estaríamos hoje não em 2015, mas algo próximo de 2020.

A explicação no Evangelho de Mateus (2,1): Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém...” tem-se como data correta ou aceita que Herodes “o grande” morreria no ano 4 a. C. O nascimento de Jesus, então, se dera, pelos 5 anos antes da data estabelecida para o calendário.

Por outra, o 25 de dezembro, escolhido no ano 354 como data do nascimento, o Natal, tivera por objetivo excluir do calendário romano comemorações pagãs começadas nesse dia. 

E a estrela guia dos reis Magos? Que fenômeno fora? Uma providência divina? A estrela Dalva (Vênus)? Um cometa? A explosão de uma estrela “nova”?

Malba Tahan faz uma resenha de poetas que fizeram poesias sobre o fenômeno sendo muitas vezes mui crítico, sem dar margem à liberdade poética.

Sobre a “nova”, o Autor coloca em dúvida se o consagrado Olavo Bilac se referia a ela nestas estrofes:

Diz a Sagrada Escritura
Que, quando Jesus nasceu,
No céu, fulgurante e pura,
Uma estrela apareceu.”

E então referindo-se a uma “estrela nova”:

Estrela nova… Brilhava
Mais do que as outras; porém
Caminhava, caminhava
Para os lados de Belém.”

Claro que seria herético então e com reservas agora, referir-se a uma nave interplanetária. Certamente que os ufólogos (de ufo, em inglês, “unidentified flying objects”) (*)

Os estudiosos da ufologia, moderados ou fanático argumentam com ardor que a estrela de Belém fora uma nave interplanetária.

Porque a estrela, segundo o evangelho de Mateus, poderia não estar sempre indicando o caminho até o estábulo onde nascera Jesus:

“Depois de ouvirem o rei, eles seguiram o seu caminho, e a estrela que tinham visto no Oriente foi adiante deles, até que finalmente parou sobre o lugar onde estava o menino.

Quando tornaram a ver a estrela, encheram-se de júbilo.” (Mateus 9,10).



(*) “Ovnilogos” soa estranho (de ovni – objeto voador não identificado).

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