13/01/2016

ECORREFLEXÕES E OUTRAS REFLEXÕES



Para escrever esta crônica (não religiosa) porque tinha apenas resquícios dos relatos, voltei ao Gênesis bíblico e (re) descobri o seguinte:

1. Que no 3º dia as matas (ervas verdes) e as árvores frutíferas com as respectivas sementes haveriam que proliferar no ambiente da criação;

2. Que no 5º dia foram criados por ato divino, os répteis e grandes baleias nos mares possuidores de alma vivente e “voem as aves sobre a face da expansão dos céus”. Além dos répteis, gado e bestas-feras “conforme a sua espécie”. E todos frutificariam e se multiplicariam;

3. No 6º dia criou o homem e a mulher, ficando aquele com poderes para dominar os peixes do mar, sobre as aves “dos céus”, sobre o gado e sobre toda a terra e “sobre todo réptil que se move sobre a terra.”

NÃO HÁ REFERÊNCIA EXPRESSA AOS GRANDES ANIMAIS PRÉ-HISTÓRICOS, OS DINOSSAUROS E ASSEMELHADOS. ESTARIAM ESSAS BESTAS-FERAS NA CATEGORIA DOS RÉPTEIS? NÃO TEM A CIÊNCIA, POR OUTRA, AFIRMADO QUE OS DINOSSAUROS VIVERAM MILHARES DE ANOS ANTES DO HOMEM?
Se assim foi, a criação divina teria se situado após a extinção desses animais?

No versículo 01.29, 30 e 31 está afirmado que toda a erva verde será para mantimento, para o homem e para os animais, “todos seres com alma vivente”.

Donde se conclui que não seria a carne fonte de alimentação porque todos os seres eram “almas viventes”.

Todos viviam no paraíso, no Jardim do Éden. Não longe de nossa imaginação! Nas nossas vizinhanças?



Daí, o Senhor viu “que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.”

E arrependido pelo que via, decidiu destruir Sua criação, o homem e os animais, ai entrando os episódios de Noé.

Mas, destruído o homem e os animais e as matas, ficaram as sementes respectivas.

E a semente do homem neste que já foi o paraíso ressurgiu e com ela seus atos insanos. 

Sim, há como sempre houve, entre os homens, os sábios e os brutos - os néscios para melhor se situar na terminologia bíblica.

Por causa desses justos a Terra vem sendo preservada até mesmo de grandes catástrofes como teria ocorrido com a extinção dos dinossauros – um grande corpo celeste teria se chocado com o planeta causando grande devastação e a extinção desses animais (?!).

E por causa desses justos, invoco a resolução de salvar Deus Sodoma e Gomorra houvesse dez justos naqueles sítios corrompidos, “por amor de dez”.

Não encontrados! E Sodoma e Gomorra sucumbiram.

A partir das sementes, os homens se já não eram, se tornaram bárbaros, vândalos contra os animais- almas viventes - e as matas.

Há uma horda nascida que se transforma em opressora, abusa dos fracos e os assassina por futilidades, por idiossincrasias e crenças.

Este não é e nunca foi o mundo do amor e da permanente reconciliação.

Não se estranhe, então, a brutalidade contra os animais que se converteu em espetáculo de horrores. As matas devastadas na velocidade que ocorrem, passou a afetar o clima de maneira assustadora.

O desgosto que me afeta à emoção com o que se passa na grande Amazônia hoje vítima da insânia.

E ao longo dos séculos, com a madeira farta – não consideradas as árvores como indivíduos das matas que mal compreendemos e algumas com idade até secular convertidas em vil metal - supriram e suprem toda sorte de facilidades e supostas necessidades materiais e estéticas.

Querem saber de madeiras de lei que se tornaram mobílias valiosas? Entrem em qualquer igreja e se acomodem nos seus bancos à frente o genuflexório.

E assim de um modo geral em todas as atividades. Se significaram atos de progresso, bem intencionados, necessários, que sejam, mas quem pagou – e de regra sem reposição, foram as florestas que minguam.

Ouço um clamor latente de que algo deve mudar nessa mentalidade destrutiva cheia de futilidades e resistências ao momento grave que já assalta.

Os desertos crescem, a água está mais escassa, o clima esquenta perigosamente, a poluição sem controle pelos ares.

O que enfrentarão as futuras próximas gerações?

Não há mais tempo para os abusos. O reflorestamento se impõe. Os pastos diminuírem e o gado e a sua matança na mesma proporção. Os animais respeitados, aquele conceito de “almas viventes”.

Uma nova visão do mundo e da existência se impõe. A ética repensada.
Onde os verdadeiros anunciadores?

Clamo por utopias e lutadores por elas.

Urgentemente.




Complementos

Para quem não conseguiu "autorização" de vizinhos e próximos em Águas de São Pedro para plantar uma muda de murta, na calçada, no quadrilátero próprio! É que as folhas obrigam a varrer a calçada...
Mas, rearranjo os conselhos do padre Cícero sobre preservação ecológica nestes tempos incertos e desérticos. Não há como deixar de registrar:
CONSELHOS ECOLÓGICOS DO PADRE CÍCERO

1. Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau.

2. Não toque fogo no roçado nem na caatinga.

3. Não cace mais e deixe os bichos viverem.

4. Não crie o boi nem o bode soltos; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer.

5. Não plante em serra acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé: deixe o mato 
protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca a sua riqueza.

6. Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água da chuva.

7. Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta.

8. Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só. 

9. Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar a você a conviver com a seca.

10. Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo ter sempre o que comer.

11. Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só.

Padre Cícero (1844-1934)




02/11/2015

FEROCIDADE HUMANA CONTRA OS ANIMAIS: OS ELEFANTES ENVENENADOS



Já não de hoje manifesto em crônicas outras minha perplexidade e desgosto profundo com a ação humana contra a natureza e contra os animais de um modo geral.

A insanidade do “homo sapiens” é tormentosa quando se fala da devastação das florestas, inclusive da Amazônia – semiabandonada - que, na contrapartida desse atos insensatos, há o aceno da mudança dramática do clima, o aumento da temperatura ambiente.

Todos sabemos o que ocorre além da devastação ambiental: níveis imensos de poluição expandida pela atmosfera não só pelos milhões de veículos em movimento como pela produção industrial poluente que se preocupa com os lucros imediatos e ignora as advertências severas que resultam dessas suas atividades sem que invistam em soluções permanentes.

Pouco adianta esses altos dirigentes simbolicamente e sem qualquer resultado prático, até demagogicamente, vez por outra aparecerem plantando umas árvores ou coisas do gênero. Sabem que o que se passa é de extrema gravidade mas dão de ombros imaginando que as futuras gerações, se sobreviverem, resolverão o desafio.

Por trás disso há pendente, clamando, a escassez da água que tende a se agrava pela elevação da temperatura ambiente, pelo desperdício e, claro, pelo aumento da população no mundo.

A tragédia humana não para por aí.

Na busca do dinheiro - que será sórdido, estúpido se considerado o modo como obtido – os animais também não escapam dessa sanha cruel pelo lucro. Instala-se a barbárie que os olhos se fecham, viram-se os rostos porque ali, na brasa, os churrascos vão sendo preparados para a delícia, muitas vezes, para alimentar grandes comunidades.

Não pensem, então, nos matadouros, um espetáculo de terror, de angústia profunda nos momentos antes do abate dos animais em vias de se tornarem peças de açougues.

Sim, tenho alguma dúvida sobre a proliferação do gado bovino, mesmo que tal se dê pela queima das florestas para ampliar os pastos e, dai, a poluição acrescentada pelo gás metano que também se expande pela atmosfera.

Há um documentário de natureza espírita que afirma terem os animais alma primitiva, reencarnam e, portanto, merecem a oportunidade do amor e do carinho dos seres humanos. E esperam por isso ao nos olhar como “deuses”.

Mas, o que poderia parecer – ou talvez até seja – uma contradição, o espírita reconhecido Divaldo Pereira Franco disse num vídeo que não renuncia à carne pelo seu teor proteico e porque Alan Kardec não era vegetariano. Chico Xavier também se referiu ao teor proteico da carne mas ressalva que o abandono desse “alimento” pode ser gradativo.

Sabe-se de sobejo que o vegetarianismo salvo nos excessos da dieta, não compromete a saúde de seus adeptos em nada.

 

A tragédia humana, porém, não para na discussão do teor de proteína da carne no trato brutal contra os animais e sua extrema crueldade.

Porque os caçadores sórdidos que matam por esporte, os que maltratam os animais estão a solta por aí impunes quando não ostentando seus “troféus”.

Eis que na reserva do Parque Nacional de Hwange, Zimbábue, desde setembro passado, 60 elefantes foram envenenados e mortos com a introdução de cianeto no reservatório de água no qual saciam a sede.


Diz a notícia que o “cianeto é amplamente utilizado na indústria de mineração do Zimbábue e é relativamente fácil de obter”.

[O cianeto, explicam os cientistas, é um veneno de ação rápida e fatal, podendo levar à morte em poucos minutos em decorrência de bloqueios respiratórios].

Os motivos?

Esses bandidos inomináveis, estúpidos, buscavam as presas dos animais para ganharem uns trocados. Esse marfim serve para colares e bugigangas e já usado, mas não mais (?) para confecção de teclas de piano.

Desses 60 animais mortos, o “consolo” é que a maioria das presas extirpadas foram recuperadas. E os elefantes? Ora, estão mortos do modo mais cruel e, de regra, esses criminosos nada sofrerão. Ora, eram elefantes e as presas foram recuperadas. Ora...

Fico eu imaginando, na integração irreversível do homem com a natureza, quais as consequências (trágicas) visíveis e invisíveis à vida humana com todos esses abusos e tragédias conscientemente provocadas tantas vezes irresponsavelmente a mais não poder.

Penso no aumento da agressividade, da intolerância, das carências, das guerras fúteis como resultados invisíveis...

Neste meu canto de angústia e de desgostos a ponto da emoção, não posso deixar de imaginar um futuro doloroso para os meus descendentes.

13/10/2015

QUANDO AS TRAGÉDIAS HUMANAS FALAM



(Um menino que sobreviveu ao nazismo)

Já não de hoje escrevo perplexo sobre os horrores que este mundo oferece a cada dia, menos pelas devastações de ordem natural e muito por ordem humana.

Com que frequência o terrorismo vem se sofisticando, utilizando de modo a agredir milhões, os meios de comunicação social, como tem feito, nos últimos tempos, o denominado EI – Estado Islâmico. Além da violência contra aqueles que não professam o islamismo radical, também chocam derrubando monumentos históricos que fazem ou faziam parte do que de mais relevante havia a preservar de modo perene porque apontavam passos dados pela humanidade, marcas de sua marcha relevante ou não mas que refletiam sempre uma lição de sacrifício ou de progresso.

Mas, para determinada mentalidade agressora ou opressora, este mundo não tem valia salvo se acompanhar suas idiossincrasias por mais distorcidas que sejam para o senso comum.

A violência não pode ser um atributo religioso ou cultural.

As guerras civis na Síria e Líbia tem gerado a fuga de milhares de sírios e líbios em risco mortal em seus países, pelas bombas, pelas armas letais. E se arriscam a morrer na travessia pelo Mediterrâneo, aliás quantos já se afogaram pelos barcos precários que sucumbem pelo excesso de peso, tantos são os que buscam uma saída para a vida. Já se perguntou e eu mesmo já fiz pela suposta submissão dos judeus aos nazistas, porque os sírios de um modo geral não se rebelam de modo contundente contra os lados em guerra, impondo alguma solução?

Porque a grande maioria deles, como se deu com os judeus massacrados pelo nazismo, antes só se preocupava com a vida, com a sobrevivência, com o trabalho, com os filhos. Não tinham como pegar em armas. E talvez nem sabiam como.

Desnecessário repetir que as guerras são uma tragédia cujas vítimas são essas pessoas. 
Na Síria, atualmente com a interferência da Rússia, difícil prever até que ponto de barbárie chegará essa tragédia.

Como dizem, esta é a Terra de sofrimentos, de agressões, com momentos de ternura. Ainda bem que há.

Digo isso tudo, para me referir a um livro “O Menino da Lista de Schindler”  cujo autor principal, Leon Leyson juntamente com mais de mil outros judeus foram salvos pelo nazista Oskar Shindler.


PARA LER A RESENHA DO LIVRO "O MENINO DA 

LISTA DE SCHINDLER", ACESSAR:




19/09/2015

O LIVRO, AS MOSQUINHAS VERDES E O LUAR




Aqui neste canto do escritório, já pelas tantas, livro aberto tento vencer o sono. Já é tarde. Nas páginas abertas mosquinhas minúsculas, verdinhas como revela a lupa, que se na horizontal cabem numa paralela de um milímetro.

De onde elas vêm? Do jardim seria improvável, por causa da distância. Chego perto com o polegar e elas alçam voo não superior a 40 centímetros. Batem nos meus olhos. 

Elas enxergam a ameaça do meu dedo indicador? Elas têm a percepção da ameaça, instinto de preservação?

São por demais minúsculas para tais reações “normais”. Tão pequenas que, antes de fechar o livro eu as espanto, não são muitas, para que não sejam amassadas pelo peso das páginas juntas.

Naquele momento, o universo dessas mosquinhas, essa viagem improvável, é o meu livro aberto.

Os olhos fecham pesados. Já é tarde.

Me estiro, então, numa cama confortável. Mas, não caíra tranquilo no sono ainda leve, tênue. Sou acordado por uma luz agradável, tépida: o luar bate no meu rosto, ultrapassando um vão da janela entreaberta.

Que coisa magnífica! De vez em quando sou agraciado por essa luz que sorrateiramente me invade e me faz bem.

Afinal, qual influência é mais forte? A gravidade da Lua sobre a Terra ou o contrário.

Não resisto, saio lá fora. O céu está límpido, sereno, mesmo as luzes da cidade não impede rever o incompreensível do universo.



São bilhões de estrelas, de sois até maiores que o nosso Sol, planetas outros imensos que, na escala do universo, a Terra cabe, com as equivalências, em duas paralelas de um milímetro.

E onde estou nisso tudo? Uma mosquinha com "voos limitados", cheio de angústias e alegrias, não poucas vezes perguntando o sentido dessa imensidão toda, da própria vida?

Volto para o quarto, o luar já não bate na cama, os astros se movimentam.

Se havia sono, agora a insônia comanda.

Há uma divindade que a tudo isso comanda?

Lá na interioridade admito que nada disso se refere a “geração espontânea”, nem a mosquinha diminuta que frequenta as letras do meu livro.

Impossível desvendar qualquer sentido dessa abóbada, dos conflitos e alegrias que me influenciam no dia a dia. E do que se passa em não mais do que meio metro de gramado.

Não penso em religião, tão contraditórios são seus conceitos.

Mas, repenso esta passagem do Bhagavad Gitâ (“A Sublime canção”), “episódio da grande e antiga epopeia hindu, intitulada Mahâbhârata [Maha – grande; Bhârata – Índia: então, a “grande Índia”], que contem 250.000 versos...”

A passagem:

“O caminho dos que Me reconhecem como o Absoluto e Imanifesto, é muito mais árduo do que o caminho dos que Me adoram como Deus manifesto e possuidor de forma. A concepção de Absoluto, Infinito é a causa mais difícil para a mente finita do homem. É muito difícil para o visível conceber o invisível, o finito conceber o infinito.”

E é nesta concepção que muitas religiões atuam, oram para o “Deus manifesto e possuidor de forma.” Imagens.

Toda essa impossibilidade de conceber o Universo e sua força, se encontra até mesmo na Bíblia, em que desenvolve desafio bem mais corrente, do dia a dia, ao se referir à chuva, neste trecho (36:26-28):

27. Porque faz miúdas as gotas das águas que, por seu valor, derramam a chuva,
29. Porventura pode alguém entender as extensões das nuvens, e os estalos da sua tenda?

Sim, muitos são os cientistas que contam com todo o aparato técnico possível mas não conseguem desvendar tantas e inumeráveis indagações que o Universo impõe. 


                            O tamanho da Terra em relação ao Sol

Talvez não deva me inibir em empregar a palavra correta: mistérios. Insondáveis. A qualquer descoberta, transpõe-se um muro mas em seguida outro mais alto se apresenta. E assim sucessivamente.

Amanhã, seguramente, ao abrir o livro, terei a companhia daquelas mosquinhas verdes frequentando suas páginas, suas palavras. O seu universo...

08/09/2015

A ESTRELA QUE ACOMPANHOU OS REIS MAGOS. MISTÉRIOS



Livro leve

Aqueles que me acompanham neste blog sabem dos livros que tenho lido e opinado, a maioria com temas densos – e bom que se diga, nem sempre acrescentando muito coisa no espectro cultural.

Não se negue em tantos deles, revela-se um relato original, uma história bem contada mas que se perde na memória.

Por isso, para uma pausa, procurei na estante ao meu lado, alguma obra perdida por aqui que tivesse algum interessante, fora daquela densidade que tenho revelado em minhas crônicas.

A Estrela de Belém

O livro que resolvi ler e de Malba Tahan, escrito em 1964, “A Estrela dos Reis Magos”, a Estrela de Belém.

[Livrinho bom]

O Autor tenta explicar, tendo como ponto de partida a opinião de estudiosos, teólogos e cientistas a “Estrela de Belém”, aquela que conduziu os três Reis Magos ao estábulo (presépio) onde nascera Jesus.

Esse fenômeno é explanado apenas no Evangelho de Mateus.

Em lá chegando, no berço do Menino, conduzidos pela estrela brilhante, ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra (resina perfumada).

[A tradição de dar presentes no Natal, começou com essas oferendas dos Reis Magos].

Discorre o Autor, antes de discutir propriamente o fenômeno da estrela, a imprecisão da data do próprio nascimento que teria se dado cerca de 5 anos antes da data proclamada oficialmente pelo que estaríamos hoje não em 2015, mas algo próximo de 2020.

A explicação no Evangelho de Mateus (2,1): Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém...” tem-se como data correta ou aceita que Herodes “o grande” morreria no ano 4 a. C. O nascimento de Jesus, então, se dera, pelos 5 anos antes da data estabelecida para o calendário.

Por outra, o 25 de dezembro, escolhido no ano 354 como data do nascimento, o Natal, tivera por objetivo excluir do calendário romano comemorações pagãs começadas nesse dia. 

E a estrela guia dos reis Magos? Que fenômeno fora? Uma providência divina? A estrela Dalva (Vênus)? Um cometa? A explosão de uma estrela “nova”?

Malba Tahan faz uma resenha de poetas que fizeram poesias sobre o fenômeno sendo muitas vezes mui crítico, sem dar margem à liberdade poética.

Sobre a “nova”, o Autor coloca em dúvida se o consagrado Olavo Bilac se referia a ela nestas estrofes:

Diz a Sagrada Escritura
Que, quando Jesus nasceu,
No céu, fulgurante e pura,
Uma estrela apareceu.”

E então referindo-se a uma “estrela nova”:

Estrela nova… Brilhava
Mais do que as outras; porém
Caminhava, caminhava
Para os lados de Belém.”

Claro que seria herético então e com reservas agora, referir-se a uma nave interplanetária. Certamente que os ufólogos (de ufo, em inglês, “unidentified flying objects”) (*)

Os estudiosos da ufologia, moderados ou fanático argumentam com ardor que a estrela de Belém fora uma nave interplanetária.

Porque a estrela, segundo o evangelho de Mateus, poderia não estar sempre indicando o caminho até o estábulo onde nascera Jesus:

“Depois de ouvirem o rei, eles seguiram o seu caminho, e a estrela que tinham visto no Oriente foi adiante deles, até que finalmente parou sobre o lugar onde estava o menino.

Quando tornaram a ver a estrela, encheram-se de júbilo.” (Mateus 9,10).



(*) “Ovnilogos” soa estranho (de ovni – objeto voador não identificado).